quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Se Jesus pregasse a mesma mensagem que alguns Ministros pregam hoje, Ele nunca teria sido crucificado. Leonard Ravenhill


Imagine nosso Jesus pregando os temas comuns em nossos dias, do tipo:
  • ·        5 passos para o sucesso espiritual.
  • ·        3 passos para ser feliz em todas as áreas.
  • ·        Receitas para uma vida abundante.
  • ·        Venha para a luz, sua vida vai melhor.
  • ·        Determine tudo o que você quer,
  • ·        Etc...

Impressionante, mas em todos os evangelhos, você não lê nada parecido com isto. Não lê nas epístolas, nem olhando de gêneses a apocalipse. Nada igual.

Basicamente, o que lemos são palavras como arrependimento, confissão de pecados, juízo vindouro, aflições, perseguições, mudança de vida, amar a Deus e ao próximo. Negar-se a si mesmo e tomar a cruz. Morrer por uma causa. Servir aos outros. Pensar nas coisas de cima. Buscar o reino de Deus em primeiro lugar, entre outras palavras que não exaltam nossa autoestima, que não nos coloque como centro do universo, mas nos fazem perceber que sem Deus não somos e não podemos fazer nada, absolutamente nada.

Lemos que somos pecadores e nascemos assim. 

Lemos que se não buscarmos a Deus, não o desejarmos mais do que tudo nesta vida, não podemos ser seus discípulos. Se nosso amor a Ele for menor do que nosso amor por qualquer outra coisa, não somos dignos Dele.

Lemos que o sofrimento por causa do nosso Amor a Ele, trará um peso de glória e glorifica a Deus. 

Lemos ainda que, neste mundo passaremos por aflições.

Lemos que Nele podemos suportar qualquer coisa. Sua graça é suficiente e seu sangue nos garante resgate e vida eterna.

Lemos que Deus nosso pai nos dará aquilo que precisamos para vivermos em paz, caso nos dê mais, é para dividirmos.

Lemos também que nossa pátria não é aqui, logo estaremos no nosso verdadeiro lar para sempre e com Ele.

Lemos que devemos considerar a bondade de Deus e também a severidade de Deus, e que em breve, essa severidade será demonstrada ao mundo, visto que a bondade ainda se mostra a cada dia.
Deus espera, Deus nos chama, Deus nos quer junto, mas haverá o dia em que não mais chamará, não mais esperará.

Se Jesus não tivesse sido crucificado, nem aqui estaríamos.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O Cristão e a tolerância

Tolerância:

Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.
Tendência a admitir, nos outros, maneiras de pensar, de agir e de sentir diferentes ou mesmo diametralmente opostas às adotadas por si mesmo.

          Existem outras definições voltadas para farmacologia, toxicologia e outros. Mas as definições acima são importantes para respondermos à pergunta. Até que ponto o cristão deve ser tolerante?  É uma pergunta desafiadora e que merece uma reflexão, antes de tudo e principalmente, quando feita a luz da Palavra de Deus.

         A Tolerância, digamos saudável, se que é podemos chamar assim, deve ser praticada inclusive por cristãos verdadeiros, desde que não vá contra os princípios da palavra de Deus.
         Indo direto ao ponto, quais são os princípios imutáveis da palavra de Deus que não devemos tolerar que sejam desrespeitados?

         Veja, não tolerar não implica em violência, não tolerar para os Cristãos é responder de forma bíblica e clara o que Deus pensa sobre determinado assunto, simples assim. Não é o que eu acho, ou que todos concordam para o bem comum, mas o que Deus pensa é o que vale. Não ser condescendente com a imoralidade, a injustiça, a corrupção e tantos outros males que sabemos, não faz o menor sentido sermos complacentes.

           Agora, para quem não crê em Deus, não tem Jesus como seu Senhor, não busca em primeiro lugar agradar a Deus. Tudo o que se diga sobre Deus não fará o menor sentido, pois a palavra declara em I Coríntios cap. 2 vers. 14 “Mas o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porquanto se discernem espiritualmente. ”

Vamos lá,

  • O homem natural é aquele que não tem Deus, não é discípulo de Jesus, portanto não tem o Espirito de Deus.
  • Não compreende as coisas do Espirito de Deus. Este homem tenta desvendar os mistérios de Deus com intelecto humano, suas interpretações da palavra serão totalmente carnais e humanistas.
  • As coisas de Deus lhe parecem loucura. Céu, Juízo final, Condenação eterna, Tormenta eterna, para nós é fato, mas é inadmissível para o homem sem Deus.
  • Não pode entender as coisas de Deus. Por mais que chegue perto da verdade, este homem só vai entender com clareza se for revelado pelo Espirito Santo.
  • Não tem discernimento espiritual. O homem natural está morto em seu pecado Romanos 5;12, já nasce nessa condição de separado de Deus. Morto não tem discernimento.


              Apenas com esses textos acima, mas existem outros mais, é possível perceber que, não adianta tentar enfiar na cabeça dos outros as coisas de Deus. Jamais vão entender, a não ser que o Espirito Santo venha sobre aquela pessoa e revele as verdades da palavra de Deus.

              Veja o que diz I Coríntios cap. 2 vers. 9 a 10 - ... “Olho algum jamais viu, ouvido algum nunca ouviu e mente nenhuma imaginou o que Deus predispôs para aqueles que o amam”.  Deus, todavia, o revelou a nós por intermédio do Espírito!  Porquanto o Espírito a tudo investiga, até mesmo as profundezas de Deus.  Pois, quem conhece os pensamentos do ser humano, a não ser o espírito do homem que nele reside? Assim, igualmente ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus. ” 

            Gastamos energia e não temos retorno satisfatório quando tentamos convencer alguém, quando antes deveríamos pedir que o Espirito Santo conduzisse aquele determinado assunto. Romanos 3;10-11.

            O que tem a tolerância com isso? Bem, agora que temos uma base, vamos a tolerância.

Devemos não tolerar exatamente aquilo que Deus não tolera.

Eis alguns exemplos,


  • Salmos 5:4-6 - Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar. Os arrogantes não são aceitos na tua presença; odeias todos os que praticam o mal. Destróis os mentirosos; os assassinos e os traiçoeiros o Senhor detesta. 
  • Provérbios 6:16-19 - Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
  • Provérbios 7:15 – O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, são abomináveis ao Senhor, tanto um como o outro

O que Deus chama de pecado é pecado, veja a lista do que diz  Romanos 1:22-32

"E, proclamando-se a si mesmos como sábios, perderam completamente o bom senso e trocaram a glória do Deus imortal por imagens confeccionadas conforme a semelhança do ser humano mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. 

Por esse motivo, Deus entregou tais pessoas à impureza sexual, segundo as vontades pecaminosas do seu coração, para degradação de seus próprios corpos entre si. 

Porquanto trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram objetos e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém! 

E, por essa razão, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. 
De igual modo, os homens também abandonaram as relações sexuais naturais com suas mulheres e se inflamaram de desejo sensual uns pelos outros.

Deram, então, início a sucessão de atos indecentes, homens com homens, e, por isso, receberam em si mesmos o castigo que a sua perversão requereu. 

Além do mais, considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele mesmo os entregou aos ardis de suas próprias mentes depravadas, que os conduz a praticar tudo o que é reprovável. 

Então, tornaram-se cheios de toda espécie de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão empanturrados de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia.

São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; vivem criando maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor e respeito à família, sem qualquer misericórdia para com o próximo. 

E, apesar de conhecerem a justa Lei de Deus, que declara dignos de morte todas as pessoas que praticam tais atos, não somente os continuam fazendo, mas ainda aprovam e defendem aqueles que também assim procedem."

           Precisamos entender que um cristão verdadeiro é aquele que concorda com Deus e sua palavra, vive para agradar a Deus independente do que os outros vão dizer. Não se molda de acordo com os padrões do mundo, não se engana pela falácia daqueles que se dizem cristãos, mas na prática demonstram o contrário. Sabe a diferença entre dizer e viver.

          O cristão é discípulo de Jesus o Cristo. É chamado de o pequeno cristo. Qualquer um que apareça defendendo em nome de Deus ou da Igreja, causas que Deus abomina, não faz ideia da condenação que traz para si, nosso dever é avisar.

         Assim, toleremos aquilo que não fere a santidade de Deus. Tenhamos como critério a palavra de Deus, antes de tudo, examinando o que ela diz.

João 5 39-40 - "Vós examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testemunham acerca de mim.  Todavia, vós não quereis vir a mim para terdes a vida."

          De nada adianta tentarmos convencer alguém sobre as diretrizes de Deus, não conseguiremos, pois, este trabalho não é nosso, mas do Espirito Santo de Deus, veja João 16: 7-11.  “Mas eu afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas, se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado. ”

           Agora, devemos nos avaliar antes de tudo, julgarmos a nós mesmos, para sabermos se de fato somos discípulos de Jesus, se o amamos como cantamos, se queremos honrá-lo acima de tudo e todos. Se vivemos para Ele ou para nós mesmos. Como saber disso? Pelos frutos.

Mateus 7:15-17 – “Acautelai-vos quanto aos falsos profetas. Eles se aproximam de vós disfarçados de ovelhas, mas no seu íntimo são como lobos devoradores.  Pelos seus frutos os conhecereis. É possível alguém colher uvas de um espinheiro ou figos das ervas daninhas?  Assim sendo, toda árvore boa produz bons frutos, mas a árvore ruim dá frutos ruins.

Mauricio Pereira do Carmo

quinta-feira, 19 de julho de 2018

A copa do mundo o tesouro dos corações apaixonados por futebol.


Não precisa ser um grande matemático para avaliar a importância e o volume de pessoas no mundo que alteram suas rotinas para assistir aos jogos da Copa do Mundo.

São milhões e milhões de pessoas em todas as partes do globo que se mobilizam para torcer, vibrar, gritar, pular e festejar esse momento grandioso a cada quatro anos. É o evento mais esperado, sonhado e valioso para muitos, chega a ser quase sagrado para outros. Os investimentos dos comerciantes são muito altos, os lojistas apostam em ganhar o que não ganhariam em um ano de trabalho, enquanto os cidadãos compram todos os tipos de artefatos relacionados ao evento e aos seus ídolos.

Dos mais pobres aos mais endinheirados, todos consomem produtos relacionados a Copa do Mundo. Trocam suas TVS por outras maiores e mais sofisticadas para acompanhar por alguns dias seus jogos favoritos. Os governantes lucram com os “investimentos” superfaturados, coisa que todos já sabem.

Até crianças que pouco entendem do negócio são moldadas neste sistema, mesmo aqueles que pouco ou nem curtem o esporte, acabam aderindo ao momento, afinal é Copa do Mundo, temos que torcer por nosso país, apoiar nossos jogadores. Nossos Jogadores? Todos se unem em torno do campeonato. 

Trabalhadores, desempregados, empresários, mendigos, traficantes, policiais, assassinos, médicos, todos, literalmente todos, se unem em torno deste evento. 

É impressionante, mas a taça do mundo tornou-se um tesouro de grande valor, quase sagrado.

Enquanto isso nos bastidores, os corruptos, gatunos e alguns políticos aproveitam da distração do povo, especialmente no Brasil e ardilosamente correm para aprovar leis, barganhar as escondidas o destino da nação. Mas isso é quase nada, talvez o menos importante neste quadro. O Pior é saber e ver que o resto continua do mesmo jeito. A saúde falindo, a segurança quase não existe, os crimes continuam sem parar, mas povo, ah! O povo continua a gastar seu dinheirinho e tempo com poucas horas de prazer diante da tela.

A esperança de dias melhores é canalizada na seleção do país e nos jogadores que ganham seus milhões, mesmo perdendo o jogo, vão continuar a ganhar, enquanto nós aqui ficamos com a fatura para pagar.

Bem, não sou contra futebol, copa e o que quer seja, todos são livres para fazerem e serem aquilo que seus desejos desejam. Me parece que chegamos a perder de vista o que realmente é o mais importante para vida e que não é apenas por um breve momento.

O maior perigo, e, acredito ser o maior de todos, é que não conseguimos nos mobilizar tanto assim e acho que jamais vamos conseguir, para causas nobres. Brigamos quando aumenta a passagem do ônibus, mas não para mudar uma situação que afeta a todos igualmente.

Vamos às ruas quando se trata de questões políticas; vencidas estas questões, não saímos para nada mais. Esquecemos de tantas outras dores que o Brasil sofre e que poderíamos juntar forças e lutar, na paz é claro, para reivindicarmos melhorias urgentes. Mas não, isso fica para próxima Copa, aí sim vamos reunir a nação toda em volta de um time. Vamos em frente somos uma nação, juntos somos mais fortes, mas é só para a Copa, não confunda isso, por favor.

E a Igreja? Gostaria de nem comentar, mas não dá, simplesmente não dá.

As estatísticas dizem que somos milhões e quase a maioria de evangélicos no país, destes ainda, outros são de evangélicos  “não praticantes”.  Não sei se isso cabe, ser evangélico não praticante. Aff!  É cada uma.

Mas o ponto em questão é, dos evangélicos quantos são cristãos verdadeiros? Quantos de fato amam ao Senhor de todo seu coração e todo seu entendimento? Quantos dariam sua vida por Jesus? Acredito que bem poucos.

Muitos dos que se dizem evangélicos caem quando a menor dificuldade aparece, largam a “igreja”, mas não largam o trabalho, não largam o que desejam, não largam o pecado. Saem falando de tudo e todos. Mas quando o assunto é Copa, vamos festejar, mas quando o assunto é ter uma vida reta, opa! Espera aí irmão, você está indo longe demais, não é assim que Deus disse, afinal Deus é amor, Ele não vai mandar ninguém para inferno, calma aí, Ele sabe que somos feitos de carne, a carne é fraca sabe como é. Amanhã peço perdão a Deus e fica tudo certo.

É triste, mas estamos vivendo o tempo de apostasia descrito em 2 Tess 2.3, e isso é fato, simples assim.

Tem evangélicos militando a favor de causas que jamais Deus concordaria achando que está tudo bem, temos que nos contextualizar.

A música tida como Gospel é lamentável, a grande maioria pouco fala de Deus e sua obra, pouco exalta a Deus e o sacrífico na cruz, ou, quase nada. São letras com teor humanista, exaltam o ego, os sonhos, as lutas individuais. São músicas feitas para vender, ganhar dinheiro e produzir artistas e shows, mas não glorificam a Deus.

As pregações na mesma proporção da música, não falam sobre arrependimento, pecado, juízo e vida eterna. Tão pouco exortam as pessoas a buscarem a Deus enquanto podem, enquanto temos oportunidade e a porta ainda está aberta. Nada falam sobre o julgamento que virá sobre o mundo, não falam sobre a ira justa de Deus que é tão certa como a luz do sol.

Não falam que somos peregrinos neste mundo, nossa pátria não é aqui.
Vivemos como se nossa pátria fosse aqui e pior, como se nunca fossemos dar conta de como temos vivido nossa bela vida.

O próprio Senhor nos dá um alerta em Lucas 21;34-36 “Tende cuidado de vós mesmos, para que jamais vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da libertinagem, da embriaguez e das ansiedades desta vida terrena, e para que aquele Dia não se precipite sobre vós, de surpresa, como uma armadilha. Pois ele certamente virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra.  Vigiai, portanto, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todos estes eventos que estão para acontecer, e apresentar-vos em pé diante do Filho do homem”. 
O Texto fala por si.

Os cuidados desta vida, a busca da realização pessoal a qualquer custo, a valorização do ego, a busca pelo corpo perfeito de seres imperfeitos, o envolvimento com causas das quais Deus nunca se envolveria, pensar nas coisas que são daqui da terra, tudo isso é loucura, é próprio daqueles que não tem Deus, nunca entregaram suas vidas verdadeiramente a Jesus. 

São pessoas dentro das igrejas, mas fora da igreja, do corpo vivo de Jesus. Sejam simples membros, sejam cantores, pastores, bispos, apóstolos, querubins e afins. Se vivem para si mesmos e nestas condições, serão pegos de surpresa.

Não importa quantas músicas você compôs, quantas pregações fez, quantas pessoas fez chorar com seus discursos. Nada disso tem valor, suas obras como palha serão queimadas.

É triste, caso você e eu vivamos desta forma, vivemos enganados e enganamo-nos a vida inteira, achando que somos salvos, mas os frutos apontam para outra direção.

Arrependamo-nos em quanto é dia, vivamos para Deus enquanto é possível. Usemos toda nossa energia e tempo para Deus. Troquemos as alegrias momentâneas desta vida por aquela que é eterna.

Quer mobilizar um país? Mobilize primeiro sua disposição para levar Deus a sério, mobilize-se para abandonar o pecado e viver intensamente para Deus. 

Fuja da amizade com mundo, torne-se amigo de Deus. Tiago 4:4Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.

A sujeição a Deus também é esquecida em alguns púlpitos e músicas, é condição primeira para conseguir resistir ao diabo, mas infelizmente hoje a ordem está invertida, primeiro querem resistir ao diabo sem sujeitar-se a Deus. É um desastre, pois o diabo não reconhecerá tal resistência de quem não anda com Deus em retidão.

Tiago 4:7-10 – “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará
”.

O que faremos com o tempo que Deus nosso Pai nos deu? Gastaremos com as coisas efêmeras, com os eventos, festas e afins ou nos entregaremos totalmente a Jesus?
O tempo está acabando, o relógio avança a cada dia, os sinais da vinda de Cristo estão por toda a parte nos dizendo “O juízo está se aproximando”.

Consegue ver que muita gente está dizendo a mesma coisa só por perceberem o que está acontecendo no mundo? Quantas pessoas você já ouviu dizer - estamos no fim dos tempos? Até não cristãos dizem isso. Filmes e novelas estão retratando este tema constantemente. As pedras estão falando.

Agora, portanto, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com sinceridade: lançai fora os deuses aos quais serviram os vossos antepassados do outro lado do Rio e no Egito, e servi de coração a Yahweh.  Porém, se não vos parece bem servir a Yahweh, escolhei agora a quem quereis servir: se as divindades às quais serviram vossos antepassados além do rio Eufrates, na terra da Mesopotâmia ou os deuses dos amorreus em cuja terra agora habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR!  Josué 24;14-15

Quem são os nossos deuses, os deuses de nossos pais nos dias atuais? É fácil listar, basta ver onde gastamos nossas energias, onde estamos direcionando nossa atenção, o que nos atrai com facilidade. Onde nossos olhos estão fixos. Os nossos desejos revelam aquilo que mais amamos e onde está o nosso coração. “Porque, onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração” Mateus 6;21.

Onde está o teu coração?

Por Mauricio Pereira do Carmo




quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Fundamentalismo Cristão


 Paulo Brasil
fundamentalismo cristao"Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos."
(Judas 1:3)
Num cenário onde todos se julgam capazes de opinar, e onde os conceitos seculares passaram a usufruir de prestígio junto às religiões humanas (catolicismo romano, espiritismo, evangelicalismo e demais), o Cristianismo Bíblico precisa apresentar (reestabelecer) seus verdadeiros conceitos, sob pena de ser confundido com as demais.

Esta argumentação não apresenta abordagem da formação histórica do fundamentalismo, sobre o que se opunha, quais os benefícios ou melefícios advindos dele.

O propósito é apresentar o que realmente é fundamentalismo cristão.

O QUE É FUNDAMENTALISMO CRISTÃO?

Não podemos responder sem que antes passemos a conhecer alguns conceitos de acordo com sua etimologia, afastando-nos dos valores seculares.

Fundamentalismo, em síntese, é a defesa, com convicção, dos ensinos cristãos que foram estabelecidos ao longo da história. Ao longo da história implica em tradição, tradicionalismo.

Necessário é entender que tradicionalismo, contrário ao que o nosso raciocínio nos leva a pensar, não é aquilo que se estabeleceu apenas pela persistente conveniência de alguns, ou ainda pelo hábito religioso de outros à parte da história. Pelo contrário...

TRADICIONALISMO é tudo que se perpetrou ao longo da história da fé cristã por meio da aplicação de ensino claro das Escrituras, portanto, com fundamento na história.

Assim, o tradicional tem fundamento, que são as Sagradas Escrituras.

FUNDAMENTALISMO é acreditar, viver e defender as verdades apresentadas pelas Escrituras.

Outra caracterítica associada ao fundamentalismo é o radicalismo.

RADICALISMO significa ter raízes. Não significa brutalidade ou falta de educação. Adequando-o ao nosso contexto, significa ser maduro, convicto.

Fundamentalista é aquele que crê que toda verdade (espiritual) está apenas nas Escrituras, e que não é demovido desta convicção. Mas que, para defendê-la, não faz uso da força, ofensas, etc. Tampouco acredita que sua argumentação logrará êxito sem a intervenção de Deus.

Em seu radicalismo, entende, sem dificuldades, que todos os demais têm direito às suas convicções, mesmo que as saiba falsas, inóquas.

E A ESCRITURA COM SUAS MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES?
Mas como podemos saber qual é a verdade se as Escrituras têm várias interpretações?

Este argumento é próprio de quem nunca leu as Sagradas Letras. Quando o ouço, percebo na frase uma auto confissão de ignorância do assunto. É, rigorosamente, falta de argumento. Desconheço a experiência de abrir a Palavra com os representantes da frase. Sempre se esquivam, adicionando outros assuntos, ou comentários, para depois baterem em retirada.

Havendo uma única verdade, a seletividade dos pares para desenvolver ações cooperativas é uma exigência. O seu traço particular está na rejeição de ações cooperativas com pessoas ou grupos que estabeleçam seus valores sem submissão à verdade.

Isto não implica em inimizade, ofensas ou confrontos desnecessários, apenas na não-cooperação. Ocorre na separação de grupos ou pessoas que defendem posições contrárias às Santas Letras.

Fundamentalismo não se estabelece por meio de lutas ou perseguições, mas, simplesmente, pela não-cooperação em projetos que implicam na negação dos valores fundamentais da fé cristã.

EXIGÊNCIA FUNDAMENTALISTA
Para que tais atitudes sejam empreendidas, exige-se maturidade e, com ela, responsabilidade. Ambas, maturidade e responsabilidade, advêm do conhecimento (convicção) da verdade. É uma evidência de fundamentalismo.

FALSIDADE FUNDAMENTALISTA
Os apóstatas procuram tirar de sobre si as suas marcas, e correm para esconderem-se sob qualquer perfil religioso. Assim, é comum observarmos pessoas (muitas vezes sinceras) que saem em defesa de posições pretensamente fundamentalistas:

• Defender (até com ardor) apenas prática litúrgica;
• Pertencer a uma “elite espiritual”;
• Pertencer a uma igreja;
• Ardor interior, mas sem convicções;
• Isolar-se (de forma soberba) por nunca achar seus pares.

Há perigos na proposta fundamentalista quando não tem seu correspondente espiritual. Aquilo que deveria ser uma conduta responsável, acadêmica e espiritual, passa a ser uma defesa partidária em torno de grupos ou de ideias pessoais.

Muitos fazem “seu próprio fundamentalismo”, que nada mais é que uma expressão partidária. Seus defensores, em grande número, são tolerantes e, não poucas vezes, co-participantes do pecado de seus pares.

Há outros que se agridem, defendem-se, acusam-se, separam-se e unem-se movidos por um ideal meramente humano, sem a devida observação da Palavra do Senhor.

É a esta prática que chamam falsamente de fundamentalismo. Aquilo que deveria ser a defesa radical (conhecimento e prática) dos valores fundamentais da fé cristã, perdeu-se em seu radicalismo, separou-se da verdade, ficou vazio, sem conhecimento, sem averiguação, sem fundamentos.

CONCLUSÃO
O fundamentalismo, segundo o mundo, é retrógrado, brutal e sem conhecimento. Praticá-lo implica em fazer parte de grupos a serem evitados.

Pergunto:

Há outra forma de viver dignamente o Cristianismo?
Como não defendê-lo com convicção (radical)?
É uma forma de completarmos os sofrimentos do Senhor. É um privilégio dado pelo Senhor, nos permitir conhecê-lo, Sua verdade, e podermos vivê-la em mansidão.

É a pronta resposta para todo aquele que pedir a razão da esperança que há em nós. Sendo mandamento bíblico, devemos fazê-lo por meio de expressões espirituais: amor, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio.

Que o Senhor seja louvado.

A Ele honra, glória e louvor por toda eternidade.

Fonte: Através das Escrituras

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A autoridade da Palavra de Deus

https://www.internautascristaos.com/textos/artigos/3-caracteristicas-da-pregacao-expositiva

3 características da pregação expositiva

 Artigos
 Albert Mohler Jr.
A pregação expositiva autêntica é marcada por três características distintas: autoridade, reverência e centralidade. A pregação expositiva é autoritativa porque se firma sobre a própria autoridade da Bíblia como a palavra de Deus. Tal pregação requer e reforça um senso de expectativa reverente por parte do povo de Deus. Por fim, a pregação expositiva demanda uma posição central na adoração cristã e é respeitada como o evento pelo qual a palavra viva de Deus fala com Seu povo.

Uma análise cuidadosa de nossa era contemporânea foi feita pelo sociólogo Richard Sennet, da Universidade de New York. Sennet nota que, em tempos passados, uma grande ansiedade da maioria das pessoas era a perda da autoridade governamental. Hoje a mesa virou, e as pessoas modernas ficam ansiosas por conta de qualquer autoridade sobre elas: “Agora tememos a influência da autoridade como uma ameaça a nossas liberdades, na família e na sociedade em geral”. Se as gerações anteriores temiam a ausência de autoridade, hoje vemos “um medo da autoridade, quando ela existe”.

Alguns especialistas em homilética sugerem que os pregadores deveriam simplesmente abraçar essa nova cosmovisão e desistir de afirmar terem uma mensagem autoritativa. Aqueles que perderam a confiança na autoridade da Bíblia como a palavra de Deus tem pouco a dizer e nenhuma autoridade em sua mensagem. Fred Craddock, uma das figuras mais influentes no pensamento homilético recente, descreve de forma pontual o pregador atual como “alguém sem autoridade”. O retrato que ele pinta dos predicados do pregador é assustador: “O velhos pregos e parafusos enferrujam no casco enquanto o ministro tenta guiar seu povo pelas águas pantanosas das relatividades e possibilidades”. “Não é mais possível ao pregador pressupor o reconhecimento geral de sua autoridade como clérigo, ou a autoridade de sua instituição, ou a autoridade da Escritura”, Craddock argumenta. Resumindo a situação do pregador pós-moderno, ele relata que o pregador “se questiona seriamente se deveria continuar provendo monólogos em um mundo dialógico”.

A questão óbvia a se fazer à análise de Craddock é essa: se não temos qualquer mensagem autoritativa, por que pregar? Sem autoridade, o pregador e a congregação estão envolvidos em uma perda de tempo massiva. A própria ideia de que a pregação pode ser transformada em um diálogo entre o púlpito e os bancos indica a confusão de nossa era.

Em contraste com isso está o tom de autoridade encontrado em qualquer pregação expositiva. Como Martyn Lloyd-Jones nota:

Qualquer estudo da história da igreja, e particularmente qualquer estudo dos grandes períodos de reavivamento, demonstra acima de tudo esse único fato: que a igreja cristã durante todos esses períodos falou com autoridade. A grande característica de todos os reavivamentos tem sido a autoridade do pregador. Parecia haver algo novo, extra e irresistível naquilo que ele declarava em nome de Deus.

O pregador se atreve a falar em nome de Deus. Ele sobe ao púlpito como um mordomo “dos mistérios de Deus” (1 Coríntios 4:1) e declara a verdade da palavra de Deus, proclama o poder dessa palavra, e aplica a palavra à vida. Esse é certamente um ato audacioso. Ninguém deveria sequer contemplar tal empreitada sem ter confiança absoluta em um chamado divino para pregar e na autoridade imaculada das Escrituras.

Em última análise, a autoridade suprema da pregação é a autoridade da Bíblia como palavra de Deus. Sem essa autoridade, o pregador está nu e calado perante a congregação e o mundo que o assiste. Se a Bíblia não é a palavra de Deus, o pregador está envolto em um ato de auto-ilusão ou pretensão profissional.

Permanecendo na autoridade da Escritura, o pregador declara uma verdade recebida, não uma mensagem inventada. O ofício do ensino não é um papel de aconselhamento baseado em experiência religiosa, mas uma função profética na qual Deus fala com seu povo.

A pregação expositiva também é marcada pela reverência. A congregação reunida perante Esdras e os outros pregadores demonstravam amor e reverência pela palavra de Deus (Neemias 8). Quando o livro era lido, o povo se levantava. Esse ato de se levantar revela o coração do povo e seu senso de expectativa conforme a palavra era lida e pregada.

A pregação expositiva requer uma atitude de reverência por parte da congregação. Pregação não é um diálogo, mas envolve pelo menos duas partes – o pregador e a congregação. O papel da congregação na pregação é de ouvir, receber e obedecer a palavra de Deus. Ao fazê-lo, a igreja demonstra reverência pela pregação e ensino da Bíblia e entende que o sermão traz a palavra de Cristo para perto da congregação. Isso é verdadeira adoração.

Por falta de reverência pela palavra de Deus, muitas congregações se veem em uma busca frenética por significado em sua adoração. Cristãos saem do culto perguntando uns aos outros: “você entendeu alguma coisa daquilo?”. Igrejas realizam pesquisas para medir as expectativas: vocês gostariam de mais música? De que tipo? E teatro? Nosso pregador é criativo o suficiente?

A pregação expositiva requer um conjunto de questões bem diferente. Eu vou obedecer a palavra de Deus? Como eu preciso moldar meu pensamento à Escritura? Como eu devo mudar meu comportamento para ser plenamente obediente à palavra? Essas questões revelam submissão à autoridade de Deus e reverência pela Bíblia como sua palavra.

De forma semelhante, o pregador deve demonstrar sua própria reverência pela palavra de Deus ao lidar de forma fiel e responsável com o texto. Ele não deve ser irreverente ou casual, muito menos desrespeitoso ou arrogante. Disso estamos certos, nenhuma congregação reverencia mais a Bíblia do que seu pregador.

Se a pregação expositiva é autoritativa, e se demanda reverência, ela também deve estar no centro da adoração cristã. Um culto propriamente direcionado para a honra e glória de Deus encontrará seu centro na leitura e pregação da palavra de Deus. A pregação expositiva não pode receber um papel secundário no ato da adoração – ela deve ser central.

Durante a Reforma, o propósito que movia Lutero era o de restaurar a pregação ao lugar apropriado na adoração cristã. Se referindo ao incidente entre Maria e Marta em Lucas 10, Lutero lembrou sua congregação e os estudantes sob ele que Jesus Cristo declarou que “uma só coisa” é necessária, a pregação da palavra (Lucas 10:42). Assim, a preocupação central de Lutero era de reformar a adoração nas igrejas ao reestabelecer nelas a centralidade da leitura e pregação da palavra.

A mesma reforma é necessária no evangelicalismo atual. A pregação expositiva deve mais uma vez ser central na vida da igreja e central na adoração cristã. No fim, a igreja não será julgada pelo Senhor pela qualidade de sua música, mas pela fidelidade de sua pregação.

Quando os evangélicos de hoje falam casualmente da distinção entre adoração e pregação (dizendo que a igreja vai desfrutar de uma oferta de música antes de acrescentar um pouquinho de pregação), estão acusando o golpe de sua falta de entendimento tanto de adoração quanto do ato da pregação. Adoração não é algo que fazemos antes de nos sentarmos para ouvir a palavra de Deus; é o ato pelo qual o povo de Deus dirige toda sua atenção para o único vivo e verdadeiro Deus que fala com eles e recebe seu louvor. Deus é louvado da forma mais bela quando seu povo ouve sua palavra, ama sua palavra e obedece sua palavra.

Assim como na Reforma, o corretivo mais importante para nossa deturpação da adoração (e defesa contra as demandas consumistas correntes) é o retorno correto da pregação expositiva e da leitura pública da palavra de Deus à primazia e centralidade na adoração. Apenas assim a “joia perdida” será verdadeiramente redescoberta.

Fonte: Reforma 21

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